Hoje, 15 de Julho, Greve Nacional da Função Pública.
O direito à greve é um direito indiscutível, previsto na Constituição Portuguesa. Mas até que ponto é que os Funcionários Públicos têm o direito de programar greves em certos e determinados cenários?
Para começar o facto de se marcar uma greve para uma sexta-feira demonstra logo uma intenção de gozar um fim de semana prolongado... Quer queiramos quer não a esmagadora maioria dos grevistas está a esta hora deitado ao sol ou de viagem, sendo poucos aqueles em que se reflecte o verdadeiro sentido de uma greve.
Por outro lado, já na última greve organizada pelos professores, se verificou o 'esmagamento' de alguns direitos alheios, como por exemplo o direito que os alunos têm em poder realizar as suas provas de exame nacional.
Serão legítimos estes 'tipos' de greve em que o único atingido é o 'Zé Povo'? Não seria interessante repensar as estratégias de luta, por forma a que estas causem um maior impacto junto das autoridades competentes?
Voltando ao título deste post. No Jornal da hora do almoço foi noticiado o facto de vários Centros de Saúde estarem completamente encerrados... Agora pergunto eu: infelizmente milhares de cidadãos têm que regularmente fazer análises e tratamentos sem os quais não podem sobreviver. Muitos eram aqueles que hoje teriam de os efectuar. Vendo-se impedidos de os realizar hoje, só o poderão fazer na próxima segunda-feira, isto se as burucracias habituais o permitirem... Isto levanta uma questão ética e moral: poderá o Direito à Greve por em causa a saúde e a própria sobrevivência dos cidadãos?

Este é o tema que a Tasca do Ti' Manel propõe para debate, porque aqui também se fala de assuntos sérios...